Operar um drone é uma experiência emocionante e gratificante, mas requer um conjunto de conhecimentos e precauções para garantir a segurança e a conformidade com a legislação vigente. Este manual completo, baseado em materiais especializados, visa fornecer todas as informações necessárias para ajudar iniciantes e operadores experientes a pilotar drones de maneira segura e eficiente.
1. Tipos de Drones
Drones de Asa Fixa: Parecem pequenos aviões e são ideais para missões de longa duração, como mapeamento e fotogrametria.
Drones Multirrotores: Possuem várias hélices e são mais versáteis, utilizados para filmagens, fotografia aérea e inspeções em áreas menores.
Em um artigo anterior entramos mais a fundo nesse tema. Para ver clique aqui
1.2 Escolha do Drone
Escolher o drone adequado depende das suas necessidades específicas. Considere os seguintes fatores:
- Durabilidade da Bateria: Impacta diretamente o tempo de voo.
- Possuam selos da ANATEL: Importante para estar em conformidade.
- Presença de GPS: Essencial para a estabilização e navegação.
- Qualidade da Câmera: Importante para fotografia e videos.
- Compatibilidade com Softwares: Como DroneDeploy e Pix4D, para planejamento de missões.
- Assistência Técnica: Disponibilidade de suporte e peças de reposição.
2. Legislação e Normas
Operar drones no Brasil requer conformidade com as regulamentações da ANAC, DECEA e ANATEL. Aqui estão os passos necessários:
- Registro na ANAC (SISANT): Todos os drones acima de 250g devem ser registrados no sistema SISANT.
- Homologação da ANATEL: Certifique-se de que o drone possui selo ANATEL, que regulamenta as frequências de comunicação.
- Autorização do DECEA (SARPAS): Solicite autorização para voos em determinadas áreas e altitudes através do sistema SARPAS.
2.1 Legislação e Normas: ANATEL (SISTEMA MOSAICO)
ANATEL (SISTEMA MOSAICO)
Primeiramente, observe se o Drone possui selo da ANATEL, responsável pela regulamentação das frequências de rádio emitidas pelos Drones e seus controles. Para fazer a homologação do seu Drone na ANATEL, é um processo bem simples, basta um auto-cadastramento no Sistema de Gestão de Certificação e Homologação e preencher o requerimento. Ao final do processo de homologação, você receberá o selo. Para aprender a fazer esse procedimento em breve estarei disponibilizando um artigo sobre como fazê-lo.
Link do Sistema Mosaico: Acessar
2.2 Legislação e Normas: ANAC (SISANT)
ANAC (SISANT)
Se o drone estiver abaixo de 250 gramas, ele NÃO precisa ser registrado na ANAC, ou seja, o Mavic Mini 2 por exemplo, se voa-lo sem protetor de hélice, não precisa fazer o cadastro no SISANT. Porém, o melhor exemplo seria o DJI Tello pesando apenas 80 gramas.
Para drones acima de 250 gramas, é obrigatório o cadastramento da aeronave e operador na ANAC através da plataforma SISANT. Após o cadastro você obterá um Certificado de Registro.
Em breve estarei disponibilizando a vocês um artigo explicativo de como cadastrar seu e você operador no sistema SISANT.
Link do Sistema SISANT: Acessar
2.3 Legislação e Normas: Seguro RETA (Seguro de Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo)
Seguro RETA (Seguro de Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo)
O seguro RETA é obrigatório pela ANAC, conforme estabelecido na RBAC-E94, para quem faz uso profissional de Drones. Se você adquiriu um drone com objetivo não recreativo, visando obter remuneração, será necessário cadastrar o equipamento na ANAC através do sistema SISANT para uso não recreativo. Ao baixar o certificado, este conterá a sigla RPA e/ou PP, com uma tarja azul, diferenciando-o do uso recreativo, que possui a sigla PR e uma tarja verde no certificado emitido pelo sistema.
Segundo a ANAC, conforme a RBAC-E94, um dos documentos exigidos para o uso profissional do Drone é o seguro RETA. Esse seguro cobre possíveis danos causados pelo seu Drone a terceiros, até o valor de R$180.000,00.
Para ter direito ao seguro em caso de danos causados pelo seu Drone, é essencial seguir as normas de voo regular. O seguro cobre danos materiais ou físicos a terceiros, mas não cobre danos ao próprio Drone.
Para solicitar a cobertura do seguro, o Drone deve estar operando dentro das normas estabelecidas. Por exemplo, se você fez uma solicitação de voo no Sistema SARPAS (outro documento obrigatório para o uso profissional do Drone), informando que voaria dentro de um raio de 300 metros do ponto de decolagem e a uma altura de 40 metros, mas em algum momento ultrapassou esses limites e causou um acidente, o seguro não cobrirá os danos. Isso ocorre porque o voo não estava em conformidade com o planejamento informado.
Portanto, é crucial seguir rigorosamente todas as normas e regulamentos ao operar seu Drone.
2.4 Legislação e Normas: Como voar dentro da Lei?
Primeiro ponto a se atentar é a Avaliação de Risco Operacional – ARO, que é um procedimento muito importante e obrigatório onde o operador deve avaliar os risco que produz.
Para mais informações, leiam a Regulamentação Brasileira da Aviação Civil (RBAC), em especial a número 94, que trata dos requisitos operacionais de aeronaves não tripuladas de uso civil.
No seu item E94.103, o regulamento determina que a operação de uma aeronave remotamente pilotada (RPA) somente é permitida, entre outros requisitos que devem ser atendidos, se houver a Avaliação de Risco Operacional.
2.5 Legislação e Normas: Cadastro no DECEA ( Sistema SARPAS).
Com tudo pronto, cadastro na ANAC, com seguro RETA feito, é hora de fazer seu cadastro no DECEA (Sistema SARPAS).
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo– DECEA, é responsável por controlar os voos de Drones no Brasil. Sendo assim, antes de decolar a sua aeronave, você deve realizar o registro e consequente solicitar a autorização de voo no sistema SARPAS.
Diferente do seu Seguro RETA que você terá de pagar, o cadastramento da ANAC e DECEA, são gratuitos.
Mas antes de irmos para o cadastro do DECEA vamos falar sobre as regras a seguir.
Primeiramente seguindo a Instrução do Comando da Aeronáutica ICA 100-40, do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial- RBAC-E nº94, e do Manual do Comando da Aeronáutica- MCA 56-3, as principais regras e termos técnicos que vou explicar logo abaixo:
2.6 Legislação e Normas: Tipos de Classes de Aeronaves
Os drones são classificados em diferentes categorias com base no seu peso, uso e tipo de operação. As principais classes de drones incluem:
Drones de Classe 1
- Peso: Acima de 150 kg
- Uso: Operações comerciais de grande escala, pesquisa, inspeção de infraestrutura crítica
Exigências de Aeronavegabilidade:
- Certificação: Devem possuir Certificado de Aeronavegabilidade (CA) emitido pela ANAC.
- Manutenção Regular: Inspeções e manutenção devem seguir um programa regular conforme as instruções do fabricante.
- Modificações e Reparo: Qualquer modificação ou reparo deve ser aprovado pela ANAC e registrado adequadamente.
- Inspeções Periódicas: Submeter-se a inspeções regulares para verificar a conformidade com os padrões de segurança.
- Treinamento e Qualificação: Pilotos e operadores devem ser devidamente treinados e certificados.
- Equipamentos de Segurança: Devem estar equipados com sistemas de navegação, comunicação e dispositivos de emergência adequados.
Drones de Classe 2
- Peso: Entre 25 kg e 150 kg.
- Uso: Operações comerciais médias, como monitoramento agrícola, vigilância, mapeamento.
Exigências de Aeronavegabilidade:
- Certificação: Necessário Certificado de Aeronavegabilidade (CA) emitido pela ANAC.
- Manutenção Regular: Manutenção e inspeções regulares conforme especificações do fabricante.
- Modificações e Reparo: Devem ser aprovados e registrados conforme normas da ANAC.
- Inspeções Periódicas: Devem passar por inspeções periódicas para assegurar a segurança operacional.
- Treinamento e Qualificação: Pilotos devem possuir certificações e treinamento adequados.
- Equipamentos de Segurança: Sistemas de navegação e comunicação adequados devem estar presentes.
Drones de Classe 3
- Peso: Abaixo de 25 kg.
- Uso: Uso recreativo e algumas operações comerciais de pequena escala, como fotografia e filmagem aérea.
Exigências de Aeronavegabilidade:
- Certificação: Registro na ANAC é necessário, mas pode não precisar de um Certificado de Aeronavegabilidade formal.
- Manutenção Regular: Manutenção conforme especificações do fabricante, com ênfase na segurança e funcionalidade.
- Modificações e Reparo: Devem seguir as instruções do fabricante e ser documentados.
- Inspeções Periódicas: Recomenda-se inspeções regulares para garantir a segurança operacional.
- Treinamento e Qualificação: Pilotos devem ter conhecimento das regras e regulamentações, com certificação quando necessário.
- Equipamentos de Segurança: Equipamentos básicos de segurança e sistemas de controle devem estar presentes.
2.7 Legislação e Normas: Exigências de Aeronavegabilidade para Drones
Para garantir a aeronavegabilidade e a segurança operacional dos drones, é necessário atender a várias exigências, conforme especificado pelas regulamentações da ANAC e as diretrizes dos documentos ICA 100-40, RBAC-E nº 94 e MCA 56-3:
Certificação e Registro
Todos os Drones devem ser registrados na ANAC, e drones de classes superiores (1 e 2) devem possuir um Certificado de Aeronavegabilidade (CA).
Manutenção Regular
A manutenção deve ser realizada conforme as instruções do fabricante e incluir inspeções regulares para identificar e corrigir problemas potenciais antes que se tornem críticos.
Modificações e Reparo
Modificações e reparos devem ser aprovados pela ANAC e devidamente documentados para garantir que não comprometam a segurança e a funcionalidade do Drone.
Inspeções Periódicas
Inspeções periódicas são necessárias para garantir que o Drone continue atendendo aos padrões de segurança e aeronavegabilidade. A frequência e a profundidade dessas inspeções variam conforme a classe do Drone.
Treinamento e Qualificação
Pilotos e operadores de Drones devem ser devidamente treinados e qualificados. Isso inclui conhecimento das regras de operação, habilidades de pilotagem, e certificações específicas conforme necessário pela classe do Drone.
Equipamentos de Segurança
Drones devem estar equipados com os dispositivos de segurança adequados, incluindo sistemas de navegação, comunicação e dispositivos de emergência. A complexidade desses sistemas varia com a classe e o uso do Drone.
3. Regras Básicas de Voo
- Idade Mínima: O operador deve ter pelo menos 18 anos.
- Distância de Pessoas e Edificações: Manter uma distância mínima de 30 metros.
- Altura Máxima: O voo deve ser limitado a 120 metros de altura.
- Distância de Aeroportos: Manter uma distância mínima de 2km para voos até 30 metros de altura e 9km para voos acima de 30 metros.
Para equipamentos que ultrapassem o peso de 250g, independente da altura, é obrigatório solicitar autorização do DECEA. Para aprender a fazer essa solicitação em breve estarei disponibilizando a vocês um artigo ensinando o passo a passo.
3.1 Noções de Pilotagem: Conhecendo os Comandos básicos
Familiarize-se com os comandos do controle remoto (RC), que são fundamentais para a operação do drone:
- Joystick Esquerdo:
- Para Cima/Para Baixo: Controla a altitude do drone.
- Rotação Esquerda/Direita: Gira o drone no eixo vertical.
- Joystick Direito:
- Para Frente/Para Trás: Movimenta o drone para frente e para trás.
- Para Esquerda/Para Direita: Movimenta o drone lateralmente.
3.2 Noções de Pilotagem: Comandos de VOO
Alguns comandos podem ser úteis na operação do seu drone, os quais estarei listando abaixo:
- MODO P (Posicionamento): Nesse caso o Drone utiliza o GPS, os Sistemas de Visão estéreo, e o sistema de Detecção infravermelho para estabilizar e evitar obstáculos.
- Modo A (Altitude): Quando não está disponível o GPS e nem o sistema de Visão, o drone utilizará apenas o Barômetro para controlar a altura do Drone.
- Modo S (Esporte): O Drone é ajustado para melhorar a manobrabilidade do drone. Nesse caso os sistemas de detecção de obstáculos são desativados.
Esses modos podem ser configurados no controle de seus Drones, como vou demonstrar em uma imagem a seguir:
3.3 Noções de Pilotagem: Função Retorno para Casa (Return to Home – RTH)
A função “Retorno para Casa” (Return to Home – RTH) é uma característica crucial de segurança presente na maioria dos Drones modernos. Essa funcionalidade permite que o Drone retorne automaticamente a um ponto pré-determinado, geralmente o local de decolagem, sob certas condições. O RTH pode ser ativado de várias maneiras, incluindo manualmente pelo operador ou automaticamente devido a certas situações de emergência.
Esses modos podem ser configurados no controle de seus Drones, como vou demonstrar em uma imagem a seguir:
Tipos de RTH
Existem três principais tipos de Retorno para Casa:
- Manual RTH
Ativado pelo operador do drone, geralmente pressionando um botão específico no controle remoto ou na aplicação do drone. É útil quando o operador deseja trazer o drone de volta com segurança.
- Smart RTH
O drone calcula automaticamente a rota mais segura e eficiente para retornar ao ponto de decolagem. Pode ser usado durante o voo normal quando o operador decide encerrar a missão e trazer o drone de volta.
- Failsafe RTH
Ativado automaticamente em emergências, como perda de sinal entre o controle remoto e o drone, ou quando a bateria está próxima de se esgotar. O drone inicia o procedimento de retorno para evitar quedas ou perda de controle.
Funcionamento do RTH
Para que a função RTH funcione corretamente, algumas condições e procedimentos são geralmente seguidos:
- Registro do Ponto de Partida
No início de cada voo, o drone registra automaticamente o ponto de decolagem usando o seu sistema de GPS. Este ponto é usado como referência para a função RTH.
- Navegação por GPS
A função RTH depende do sistema de GPS para calcular a rota de retorno. O drone usa as coordenadas GPS para voltar ao ponto de partida registrado.
- Altitude de Retorno
O operador pode definir uma altitude de retorno específica. Isso garante que o drone evite obstáculos durante o voo de retorno, como edifícios, árvores e outros objetos altos.
- Desvio de Obstáculos
Alguns drones avançados possuem sensores de obstáculos que permitem desviar automaticamente de obstáculos durante o voo de retorno. Isso adiciona uma camada extra de segurança.
- Aterrissagem
Uma vez que o drone retorna ao ponto de partida, ele inicia o processo de aterrissagem automática. Alguns drones têm a capacidade de detectar e evitar áreas inseguras para pouso, ajustando sua posição conforme necessário.
Benefícios do RTH
- Segurança: Reduz o risco de perder o drone devido a perda de sinal, bateria fraca ou situações imprevistas.
- Facilidade de Uso: Simplifica a operação do drone, especialmente para pilotos inexperientes.
- Eficiência: Garante que o drone possa retornar ao ponto de decolagem de maneira eficiente e segura.
Considerações Importantes
- Precisão do GPS: A função RTH depende fortemente da precisão do GPS. Interferências ou sinal fraco podem afetar a exatidão do ponto de retorno.
- Condições Ambientais: Ventos fortes, interferência magnética e outros fatores ambientais podem impactar o desempenho do RTH.
- Configuração Adequada: É essencial configurar corretamente os parâmetros de RTH, como a altitude de retorno, antes de cada voo para garantir uma operação segura.
3.4 Noções de Pilotagem: Função LowBattery
A função “Low Battery” (Bateria Fraca) é uma característica de segurança essencial presente em muitos drones modernos. Essa funcionalidade monitora continuamente o nível de carga da bateria do drone durante o voo e toma ações preventivas para evitar que o drone fique sem energia e caia.
Funcionamento da Função Low Battery
A função Low Battery opera através de várias etapas e mecanismos para garantir que o drone possa retornar com segurança quando a carga da bateria atinge níveis críticos. Aqui estão os principais aspectos de seu funcionamento:
Monitoramento Contínuo
O sistema de controle do drone monitora continuamente o nível de carga da bateria durante o voo. Sensores internos e software de gerenciamento de energia são usados para esta finalidade.
Alertas de Bateria Fraca
Quando a carga da bateria cai abaixo de um certo limiar, o drone emite alertas visuais e sonoros para o operador. Esses alertas são exibidos no controle remoto, na aplicação do drone ou ambos.
Existem geralmente dois níveis de alerta: “Bateria Fraca” (primeiro aviso) e “Bateria Crítica” (segundo aviso), permitindo ao operador tomar medidas apropriadas.
Ação de Retorno Automático (RTH)
Em muitos drones, quando a bateria atinge o nível de “Bateria Crítica”, a função de Retorno para Casa (Return to Home – RTH) é ativada automaticamente. O drone calcula a quantidade de energia necessária para retornar ao ponto de decolagem e inicia o voo de retorno antes que a bateria se esgote completamente.
O drone ajusta sua trajetória e altitude para garantir um retorno seguro, considerando a energia restante.
Pouso de Emergência
Se o drone determinar que a energia restante não é suficiente para um retorno seguro ao ponto de decolagem, ele pode iniciar um pouso de emergência no local atual ou em um local seguro próximo. Isso minimiza o risco de danos ao drone e a terceiros.
Benefícios da Função Low Battery
- Segurança: Reduz significativamente o risco de quedas devido a bateria descarregada, protegendo tanto o drone quanto pessoas e propriedades no solo.
- Confiança do Operador: Permite que os operadores voem com mais confiança, sabendo que o drone tomará medidas automáticas para evitar quedas quando a bateria estiver fraca.
- Conservação do Equipamento: Ajuda a preservar a vida útil da bateria e do drone ao evitar situações de descarga profunda, que podem danificar a bateria.
Considerações Importantes
- Configuração Adequada: É importante que os operadores configurem corretamente os parâmetros de alerta de bateria no software do drone. Isso inclui definir os níveis de alerta de “Bateria Fraca” e “Bateria Crítica” de acordo com as recomendações do fabricante.
- Monitoramento Constante: Embora a função Low Battery ofereça uma camada adicional de segurança, os operadores devem monitorar ativamente o nível de carga da bateria durante o voo e estar prontos para tomar medidas manuais se necessário.
- Ambiente de Voo: Condições ambientais, como temperatura extrema, podem afetar o desempenho da bateria. Operadores devem estar cientes dessas condições e ajustar seus planos de voo de acordo.
3.5 Noções de Pilotagem: Preparativos para voar
Antes de qualquer coisa, verifique se o sistema operacional do seu dispositivo móvel está atualizado. Além disso, verifique se há atualizações para os aplicativos relacionados ao seu drone. Neste artigo, estamos nos baseando em drones DJI, utilizando DroneDeploy e DJI Go.
O DroneDeploy é usado para criar seu plano de voo.
Antes de sair de casa, verifique o firmware do drone no DJI Go.
Para usar o DroneDeploy, você precisará atualizar para o firmware mais recente da sua aeronave e certificar-se de que ela esteja totalmente calibrada. Hardware não calibrado e firmware desatualizado são os dois problemas mais comuns que impedem as pessoas de voar ou causam comportamento inesperado.
Como verificar o firmware?
Conecte seu controlador e drone ao seu dispositivo móvel e abra o DJI Go. A primeira tela mostrada também carregará as atualizações de firmware, à medida que procurar essas atualizações pela primeira vez. Digite seu drone se ele aparecer, não há atualizações de firmware pendentes e garanta que o status da aeronave seja’ Normal- Pronto (GPS)’.
Atualizações feitas, hora de ir para o campo
Com status ‘Ready to Go – GPS’ NO DJI GO’ você já está pronto para voar com DroneDeply. Porém, certifique-se de sair do DJI Go antes de abrir o DroneDeply.
Antes de abrir o DroneDeploy, é altamente recomendável abrir primeiro o DJI Go para garantir que a bússola e a IMU não precisem ser calibradas (a viagem pode fazer com que esses instrumentos fiquem descalibrados) e que você tenha uma ampla cobertura de satélite antes da decolagem.
Quando o drone já estiver no ar, é recomendado voar manualmente até a altura do seu maior obstáculo. Pode ocorrer da funcionalidade desviar de obstáculos não funcionar, podendo vir a colidir com obstáculos.
Antes de abrir o DroneDeploy, use o DJI Go para voar até o obstáculo alto em seu mapa e anote sua altitude. Recomendamos voar mais alto que o maior obstáculo.
3.6 Noções de Pilotagem: Prevenção de Desconexão do Sinal do Drone
Distância, barreiras físicas (como grandes edifícios, colinas e árvores) e interferências eletromagnéticas (como linhas de energia, concreto armado e grandes objetos metálicos) são os motivos mais comuns pelos quais um drone pode perder a conexão com o controle remoto. Para ajudar a evitar essas situações, recomendamos as seguintes práticas:
Escolha um Ponto Alto para Decolagem
Conecte seu controlador e drone ao seu dispositivo móvel e abra o DJI Go. A primeira tela mostrada também carregará as atualizações de firmware, à medida que procurar essas atualizações pela primeira vez. Digite seu drone se ele aparecer, não há atualizações de firmware pendentes e garanta que o status da aeronave seja’ Normal- Pronto (GPS)’.
Decole de uma Posição Centralizada
Sempre que possível, decole de um ponto central dentro da área de operação. Isso ajuda a manter uma conexão estável com o drone.
Evite Fontes de Interferência
Mantenha distância de fontes de interferência eletromagnética, como as mencionadas acima, para reduzir o risco de perda de sinal.
Mantenha o Drone na Linha de Visão
Planeje voos que mantenham o drone sempre na linha de visão. Isso ajuda a garantir uma conexão estável e segura.
Respeite o Alcance do Drone
Certifique-se de voar dentro do alcance máximo especificado pelo fabricante do drone para evitar desconexões.
Seguindo essas recomendações, você pode minimizar as chances de desconexão do sinal e garantir voos mais seguros e eficientes com seu drone.
3.7 Noções de Pilotagem: Check-list de Escritório para Voo de Drone
A última coisa que você quer é sair para o campo e perceber que esqueceu algo importante. Use esta lista de verificação (CHECK-LIST) para garantir que você tenha tudo o que precisa antes de sair do escritório e que tudo está pronto para uso:
Check-list – Piloto e Documentação
- Piloto habilitado e autorizado para voo
- Documentação em ordem e acompanhando o equipamento (Drone / Piloto)
Equipamentos e Acessórios
- Cabos, carregadores, cartões de memória, baterias, filtros, case, hélices de voo e reserva, dispositivo móvel ou tablet, suporte de câmera e demais acessórios acompanhando o drone.
- Atualização de programas e aplicativos do drone, controle remoto (RC) e dispositivo móvel ou tablet em dia.
Preparação da Bateria
- Bateria totalmente carregada do drone.
- Bateria totalmente carregada do RC.
- Carga completa da bateria do dispositivo móvel ou iPad.
Condições de Voo
- As condições de clima estão favoráveis ao voo
Antes da Decolagem
- Remover trava do gimbal.
- Acoplar as hélices e checar travas.
- Conectar cabo USB entre RC e a tela do dispositivo móvel ou tablet.
- Cartão de memória MicroSD inserido.
- Escolher local seguro para pouso e decolagem.
- Estabelecer plano de voo apto.
- Ajuste do posicionamento das antenas do RC.
- Ligar RC e o drone.
- Abrir aplicativo de controle no dispositivo móvel ou tablet.
- Checar quantidade de satélites conectados (no mínimo 6).
- Checar calibração de compass (calibrar se necessário).
- Checar calibração de IMU (calibrar se necessário).
- Checar parâmetros de ajustes no app.
- Checar funcionamento de sensores logo após decolagem.
Após o Pouso
- Retirar bateria do drone.
- Checar possíveis danos na estrutura do drone.
- Conferir e guardar equipamentos e acessórios.
Seguindo essa lista de verificação, você pode garantir que está preparado e que todos os equipamentos e acessórios necessários estão prontos para um voo seguro e bem-sucedido.
3.8 Noções de Pilotagem: Hora de voar
- Primeiramente atente-se a possíveis obstáculos, fios, arvores.
- Verifique o local de decolagem e pouso, que seja um local plano com um bom espaço.
- Conecte o seu smartphone ao controle usando o USB.
- Ligue o controle remoto pressionando o botão uma vez até que as luzes de alimentação se acendam, pressionando o botão de energia uma segunda vez e mantendo-o pressionado até que todas as luzes de alimentação estejam acesas.
- Abra a aplicação “DJI Go” no seu dispositivo móvel e certifique-se de que o drone não esteja no modo ” Beginner (iniciante)“.
- Coloque as hélices no Drone, combinando as cores dos pontos presentes nelas e nos motores.
- Verifique se o cartão SD está inserido na Câmera.
- Insira a bateria no drone (ela só encaixa em uma direção) e ligue-a da mesma maneira que você ligaria do controle remoto.
- O aplicativo DJI GO deve reconhecer que o drone está conectado. Certifique que não existe avisos no aplicativo. Se tiver, faça o que está sendo solicitado.
- Calibração de Compass (bússola)- Ter uma bússola calibrada é fundamental para um voo seguro e uma das causas mais frequentes de flyaways. Portanto, o DroneDeploy não permitirá que o drone decole se houver um problema com a bússola. Para melhor minimizar os flyaways relacionados à bússola, o melhor conselho é calibrar a bússola antes de cada voo, especialmente quando voar em uma área diferente.
- Algumas configurações de voo no “DJI GO 4” são necessárias para que seja possível executar uma missão no DroneDeploy, são elas: Altitude de retorno para casa (entre 30 e 120m), os múltiplos modos de voo devem estar ativados, Modo Iniciante desativado e a distancia máxima desativada, para que seja possível voar automaticamente.
- Certifique-se de que a chave do modo de voo está na posição que indica o voo automático.
3.9 Noções de Pilotagem: Procedimentos Finais para Início do Voo com DroneDeploy
Após seguir todos os passos anteriores, é hora de abrir o aplicativo DroneDeploy para realizar as verificações finais. Siga estas etapas:
Abrir o Aplicativo DroneDeploy
- Abra o aplicativo DroneDeploy no seu dispositivo móvel.
Verificar Conexão do Drone
Verifique o estado do drone na parte inferior esquerda da tela. Você deve ver uma luz verde com o status “Drone Conectado”.
Iniciar Verificações Pré-Voo
- Clique no ícone azul na parte inferior direita da tela para iniciar as verificações antes do voo.
- Um check-list automático será iniciado para garantir que todos os sistemas do drone estão funcionando corretamente.
Confirmar Verificações e Iniciar Voo
- Após a verificação do DroneDeploy, se não houver complicações, clique no ícone verde no canto inferior direito da tela.
- Confirme as verificações para iniciar o voo. O drone decolará automaticamente.
Seguindo esses procedimentos, você assegura que o drone está pronto para um voo seguro e eficiente com o DroneDeploy.
Quando o voo começa, o drone irá decolar automaticamente, subir à altitude de voo e, em seguida, começar a voar a missão e tirar fotos.
Se for necessário trocar a bateria, clique no botão ” Return to Home (Retornar para casa) ” para trazer o drone de volta ao ponto de decolagem.
Desligue o drone, troque a bateria, retorne o drone para o ponto de decolagem e ligue-o novamente.
Em seguida, volte ao painel do DroneDeploy, encontre o voo e clique em “ Continue (Continuar)”. Você pode assumir o controle manual de um voo a qualquer momento mudando o modo de voo. Basta mudar para o modo S para a série Phantom 4 e MavicPro.
4. Noções de Pilotagem: Procedimentos Pós-Voo
Manutenção
Após cada voo, é fundamental realizar a manutenção adequada do drone:
- Limpeza: Remova poeira e detritos dos motores e hélices.
- Inspeção: Verifique todos os componentes para garantir que não há danos.
- Armazenamento: Guarde o drone em um local seco e seguro, longe de temperaturas extremas
Baterias
As baterias exigem cuidados específicos para garantir sua longevidade:
- Carregamento: Utilize apenas carregadores recomendados pelo fabricante.
- Armazenamento: Armazene em um local seco, longe de calor e umidade.
- Ciclo de Uso: Realize ciclos completos de carga e descarga regularmente
Operar um drone com segurança e eficiência requer conhecimento, prática e aderência às regulamentações. Este manual completo fornece uma base sólida para iniciantes e dicas avançadas para operadores experientes. Mantenha-se atualizado com as últimas regulamentações e tecnologias para aproveitar ao máximo a experiência de voo com drones.
